diário de bordo - prgc

[Malm]

Ainda hoje vi-me à rasca para fazer 70 Km. no meu.

Tu e eu só temos uma coisa em comum: nenhum de nós respeita os limites de velocidade na autoestrada. De resto, tu és o anti Malm. O carro é que não dá mais, senão nem 60 km o carro fazia. Mas não há dúvidas, quem tem a maior probabilidade de provocar o maior acidente da história rodoviária portuguesa sou eu, não és tu.

[pauloguerreiro]

Eu respeito os limites de velocidade em auto-estrada. O carro é que já nao tem autonomia nenhuma.

[Malm]

Eu não, um dia destes sou multado por ir a uns fabulosos 40 km/h em plena A14. Vou alegar que o velocímetro me mostrava exatamente 50 km/h.

[Essiemme]

Eu respeito os limites de velocidade em auto-estrada. O carro é que já nao tem autonomia nenhuma.

Caro Paulo, com o devido respeito, tenho reparado que o sr, quando comenta algo sobre o seu Leaf, o faz com um pouco de desdém.

Perdoe-me esta dúvida, mas é que eu não tenho essa impressão do meu, assim como julgo ser unânime a mesma opinião dos que são proprietários, aqui no forum.
Não necessito de me defender por ter feito a decisão de o comprar, o que vou dizer é pura e simplesmente lógica crua: este veículo é deveras impressionante, muito mais valioso do que qualquer outro equivalente e do mesmo preço com motor térmico.

Poderia ser melhor ? claro! espero que o seja daqui para a frente, tenho a certeza que só poderá melhorar.

Mas sejamos sinceros, o meu faz mais do que 60 KMs, sem restrições de velocidade e só carrego 80%.

Será uma avaria na bateria do seu ?

Repito, não leve a mal, é apenas a sensação que tenho tido ao ler os seus comentários.

sm

[Malm]

O Leaf do pauloguerreiro tem um nível de degradação superior ao do essieme. Eu diria que o Leaf do primeiro tem, neste momento, menos 10% capacidade que o do segundo. Depois, há sempre aquela diferença de ver o copo meio cheio ou meio vazio. Há, de facto, várias formas de encarar a degradação que todos os proprietários de VE de 2011 já constatam. Na minha sincera opinião, é superior ao que a maior parte de nós esperava (ou desejava). Também sou muito sincero quando vos digo que me sinto desiludido ao constatar que o meu já perdeu alguma capacidade (pena que não posso medi-la como vocês). Eu sei que era inevitável, que se iria sentir mais dia, menos dia, mas neste aspeto acho que sou igual a maioria dos seres humanos, que prefere viver acreditando que lhe vai acontecer o melhor e não o menos bom.

[galt]

Eu respeito os limites de velocidade em auto-estrada. O carro é que já nao tem autonomia nenhuma.

Caro Paulo, com o devido respeito, tenho reparado que o sr, quando comenta algo sobre o seu Leaf, o faz com um pouco de desdém.

Perdoe-me esta dúvida, mas é que eu não tenho essa impressão do meu, assim como julgo ser unânime a mesma opinião dos que são proprietários, aqui no forum.
Não necessito de me defender por ter feito a decisão de o comprar, o que vou dizer é pura e simplesmente lógica crua: este veículo é deveras impressionante, muito mais valioso do que qualquer outro equivalente e do mesmo preço com motor térmico.

Poderia ser melhor ? claro! espero que o seja daqui para a frente, tenho a certeza que só poderá melhorar.

Mas sejamos sinceros, o meu faz mais do que 60 KMs, sem restrições de velocidade e só carrego 80%.

Será uma avaria na bateria do seu ?

Repito, não leve a mal, é apenas a sensação que tenho tido ao ler os seus comentários.

sm

O carro tem quantos quilómetros?
Fazer 70 kms apenas não deve ser nada agradável e desejável. Mas também não me parece que a média dos utilizadores com Leaf façam tão pouco.
Não sei qual a estima que tem pelo carro, mas está a precisar de um diagnóstico ao carro ou ao condutor...

[mjr]

Tendo em conta que o carro novo faz pouco mais de 100km a 120km/h, é perfeitamente possível que num carro com menos duas barras, com menos de 80% da capacidade inicial da bateria, faça pouco mais de 70km a 120km/h.

[Malm]

O meu i-MiEV a 130 km/h também não faz 80 km. E com o ar condicionado ligado quase no máximo nem 70 km. E se for com o aquecimento no máximo nem 50 km. No entanto, se for a 40 km/h e não usar climatização faz mais de 180.

Autonomias de apenas 70/80 km são normais a altas velocidades. Neste caso, em que estamos a considerar um Leaf com menos duas barras e a caminho de perder a terceira, a degradação já estará nos 22 a 27%. Nestas condições já ficamos algo limitados, pelo que para fazer 80 km já temos de manter a velocidade média a 110 km/h ou menos (dependendo da climatização). Os Leaf que agora têm 17% de degradação, para o ano, nesta altura, terão 23% e também já não vão fazer 80 km a 130 km/h. E em Portugal, muito poucos Leaf vão escapar a 20% de degradação ao fim de 3 anos de utilização e 65.000 km. Repito, em Portugal, muito poucos Leaf vão escapar a 20% de degradação ao fim de 3 anos de utilização e 65.000 km. É muito importante que todos tenhamos consciência disto. E o mesmo se pode dizer para o meu i-MiEV.

[vitorcoias]

Caro prgc,
Em relação à sua ida ao Barreiro, devo dar-lhe os meus parabéns... Tenho o meu Leaf há dois anos, já fiz cerca de 26 000km mas NUNCA consegui mais do que 100 km de autonomia em vez dos 160 prometidos.
Já tentei de todas as maneiras e feitios... A Nissan diz que não há nenhuma "incidência" (seja o que for que isso significa).
Outro dia vi na TV uma reportagem sobre um colecionador americano de carros antigos que mostrou ao reporter, entre outros, um carro elétrico do princípio do século passado e explicou: "

Estes carros têm uma autonomia reduzida... o problema é que em relação aos carros elétricos passa-se o mesmo que em relação ao sexo: as pessoas mentem com o maior à vontade!..."

Parece que o meu Leaf não foge à regra!

[Malm]

Os VE são carros com características muito próprias. São um mundo à parte. Há quem, como eu, que tenha orgulho em conduzir um. Dá-me muito gozo mostrar todos os dias, na minha vila, que podemos fazer a nossa vida diária com um carro elétrico. Eu gosto imenso de poder deslocar-me poupando 150€ por mês em combustível, de não pagar IUC, de não ter de substituir o óleo do motor, de não deixar gases poluentes atrás de mim, de quase não fazer ruído, de ter uma aceleração que me permite chegar à frente nos primeiros 20 metros, de mostrar às pessoas uma realidade que não conhecem, de carregar de borla em muitos locais, de a minha perna esquerda ser apenas mais peso, de nunca me acontecer o motor ir "abaixo",... Também conheço bem as desvantagens: a falta de autonomia, a degradação, o tempo que demora a carregar, o preço. Todos nós temos que colocar na balança, de um lado as vantagens e do outro as desvantagens. Só que o peso de tudo isto não é igual para todos nós, uns valorizam mais uns aspetos que outros. Daí que para uns a balança tenda para um lado e para outros tenda para o outro. E isto não é mentir.
Eu já fiz 201,4 km e ainda fiquei com 3 barras. Fiz umas 4 vezes 120 km AS Pombal-AS Aveiras (com cerca 93% da carga). Também já fiz AS Aveiras-AS Pombal. Fiz Tábua-VN Gaia, 130 km duas vezes. Fiz Tábua-Torre, 80 km com um desnível de 1750 metros. Nada disto é mentira. Para mim fazer 100 km, mesmo com a degradação que tenho, não constitui qualquer problema. Sei que tenho de ir a 60/70 km/h e esquecer a climatização. O que eu consigo fazer toda a gente consegue fazer, eu não tenho nenhum poder especial. Esta é a MINHA VERDADE, todos tem estado a colocar aqui a sua verdade. Quem fica a ganhar é quem nos lê no intuito de tomar uma decisão quanto à compra. Quem me dera a mim saber tudo o que aprendi aqui há 3 anos atrás.