Há dois tipos de coisas que me fazem espécie. As coisas que não existem e de que se fala e as coisas que existem e de que não se fala. As primeiras acho que não são para aqui chamadas, nas segundas encaixa perfeitamente a degradação das baterias do i-MiEV. Tanta informação, tanto tratado, tanta polémica por essa internet fora no que diz respeito à degradação lifesca. Nem uma palavra sobre a degradação imievesca

. Mas que mistério. Ando para aqui eu a tentar chegar a alguma conclusão relativamente ao meu, uns dias faço umas contas e é 6%, outros já é 10%, outros ainda é 3%, ou seja, completamente à nora. E depois estas variações de SoC de 5% que me acontecem todos os dias. Estava hoje eu a seguir o carregamento via Canion, como quem vê a novela, ia ele nos 94% e em vez de mudar para os 94,5%, muda-me para 89,5%. Ali, no momento, à minha frente, 5% desvaneceram-se. E continuou a carregar como se nada fosse. Eu vi ali uma oportunidade de ouro para tentar perceber o porquê, e como ando desconfiado que é da temperatura, mudo logo para o ecrã dos sensores de temperatura. Marcava exatamente 19º C. Será este o valor que ando à procura, a partir do qual, quando a temperatura sobe, desaparecem 5% de SoC? Desconfio que este mistério também está para durar. Pelos vistos, também o i-MiEV calcula o estado da sua bateria, o pessoal imevesco não sabe como, mas existe um valor algures, no meio de tudo o que se consegue extrair a partir da CanBus. Um dia destes o Canion também o vai mostrar, que as versões vão-se substituindo umas às outras a bom ritmo. Comecei com a 109 mas agora já uso a 111. É possível que a 112, que não tem data de estreia prevista, nos dê um valor. Há-de seguir-se nova polémica: e vamos comparar esse valor com o quê? E será que o carro não dá também valores diferentes e sem lógica de dia para dia?
Para a resolução deste mistério, a procissão ainda vai no adro.
Entre um pack ainda mais fresco e um habitáculo tórrido, a escolha que faço é abrir as janelas.