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Segundo o Ministro, a greve dos motoristas dos transportes de matérias perigosas, põe em causa o direito à mobilidade dos restantes cidadãos, e então decreta serviços mínimos entre os 50% e os 100%.

Estranho... Não o vi tão preocupado quando o tema é a mobilidade electrica... Será que não temos o mesmo direito à mobilidade só por não andarmos de fóssil?

Qual será a posição do Ministro acerca dos postos inacessíveis devido às festas locais? (Já para não falar dos inúmeros postos avariados)

Não é comparável, acho eu.
Esta situação dos camionistas tem contornos que não são completamente claros para mim. Ainda vai escorrer muita tinta.

Ainda por cima os coletes amarelos estão a juntar-se à manifestação, agora já é melhores salários, fim da corrupção, preço dos combustíveis, já se falam em marchas lentas e bloqueios de estradas, vêm aí dias conturbados

Tens razão no ponto que abordas, deveriam ter a mesma posição em ambos os casos, mas como sabes, tudo tem a ver com números. Por exemplo eu trabalho ao lado de uma bomba da gasolina e hoje já há filas para abastecer desde as 9h. Nós, por muitos carros eléctricos que já circulam ainda não chegamos a fazer filas de 20 ou 30 carros para carregar, o que mostra bem a diferença. Estou a falar de apenas um posto, por esta altura deve ser o cenário por todo o país.

BrunoAlves Escreveu: ↑

08 ago 2019, 10:22

Não é comparável, acho eu.

Num Estado de Direito só por se ser de uma minoria não se perdem direitos.
As avarias e escassez da rede colocam em causa o tal "direito à mobilidade" dos utilizadores de veículos elétricos.
O envolvimento do Ministro do Ambiente nesta história fa-lo parecer um ministro dos petróleos.
Isto seria tema para o ministério da economia, que sai prejudicada com a paragem da queima de petróleo.
Já o ambiente sai beneficiado.

Sim, mas o impacto é diferente.
Não deixa de ser um estado de direito (felizmente) mas temos de ter a noção que a força é diferente.